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ASHTANGA YOGA DE PATANJALI PRATYAHARA CONTENÇÃO SENTIDOS

AULA 4.4 ASHTANGA YOGA DE PATANJALI

PRATYAHARA CONTENÇÃO SENTIDOS

Pratyahara é voltar os sentidos para dentro para auto observação para auto analise.

“Os sentidos são espelhos. Virados para fora refletem o exterior, virados para dentro refletem pura luz.” 

Swami Satchidananda

Pratyahara é como uma ponte, que liga o externo e o interno, o voluntário e o espontâneo.

sutra II. 55, Patanjali diz que Pratyahara resulta no controle absoluto dos órgãos dos sentidos.

Baghavad Gita é dito que Pratyahara é como uma tartaruga recolhida na sua carapaça. Ou seja, agora os sentidos são virados para dentro. Mas estes não deixam de funcionar. Os estímulos continuam chegando, simplesmente nossa mente não está mais condicionada por eles, permanecendo focado no nosso interior. 

“No Katha Upanishad, o corpo é comparado a uma carruagem, dirigido por Buddhi (intelecto) através de Manas (mente) que seria as rédeas que prendem os sentidos, representados pelos cavalos. O que acontece, se estes são indomados e selvagens?  Levam-nos para qualquer lugar, sem que possamos decidir nada sobre nosso rumo. Vêm um prado com grama fresca e correm disparados para lá. Assustam-se com algo e disparam alvoroçados, retrocedendo. A carruagem não pode fazer mais do que segui-los, Buddhi deixa de poder guiar com discernimento”

Se pranayama prepara o terreno para o controle da mente e dos sentidos, pratyahara é o estágio a partir do qual o praticante realmente se coloca diante deles, buscando afastá-los cada vez mais das influências do mundo externo.

“Diz a história que Capablanca, o lendário campeão de xadrez cubano do início do século XX, participava de um torneio quando uma fanfarra passou pela rua, à frente do local onde o enxadrista jogava. O barulho foi ensurdecedor e incomodou quase todos no local onde estava sendo realizado o torneio. Algum tempo depois, terminado o jogo, um dos organizadores foi até Capablanca para se desculpar pela fanfarra, perguntando se o barulho o havia incomodado muito. Capablanca surpreendeu-se com a pergunta e respondeu apenas: “Que fanfarra?”.

Não estamos falando de um yogi, mas de um campeão de xadrez. Apesar disso, naturalmente, sua concentração não teria sido possível sem
1) a firme disposição de seguir adiante e dedicar-se ao torneio (o que em grande parte corresponde aos yama e ao niyama, os princípios éticos e às observâncias do yoga;
2) uma postura confortável e estável, que, embora não fosse uma postura de lótus, certamente deixou o campeão à vontade para jogar xadrez;
3) respiração fluida, tranqüila e harmoniosa.”

A concentração decorrente da boa postura, da respiração correta e da disposição pessoal (ética, moral) para um determinado fim é uma das coisas que diferenciam o bom profissional do mau profissional, o bom estudante do mau estudante, o bom atleta do mau atleta etc. As aplicações de pratyahara são inúmeras, assim como seus benefícios.

Namastê

Carolina Taliberti


Ref: Asana Pranayama Mudra Bandha com Swami Satyananda Saraswati. Yoga Terapia com Nilda Fernandes.  yoga para nervosos; manual de hatha yoga 108; hatha yoga hermogenes; autoperfeição com hatha; anatomia do yoga; guippy ; Heart Of Asana; a senda do yoga; universoyoga.net; padmasana/centrodeconvivencia.xpg.uol.; contioutra

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